quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Herman Melville - Bartleby, o escriturário

Bartleby, o escriturário
Herman Melville (1819-1891)

O Sincretismo literário

Trata-se de um conto que faz crítica ao sistema social da época, que servir, ainda hoje, como um modelo atual. É a história de um funcionário que foi contratado por um advogado, para exercer as funções de escriturário. O escritório um tanto suspeito, onde rolam negócios obscuros, com funcionários que recebem propina. O autor trouxe para o conto, um advogado, espelhando-se na figura bem sucedida de John Jacob Astor, um arqui-bilionário muito respeitado, apesar do mesmo haver chegado à fortuna trabalhando pouco , e especulando muito. Assim a história será narrada como forma de mostrar as facilidades que encontram certos funcionários do setor público, de se corromperem. Tem os que corrompem e aqueles que são comrropidos. Durante a narrativa o autor vai tazer tipos de personagens com as suas personalidades, a fragilização do sistema cheio da corrupção, e como esse sistema é alimentado. Cada funcionário tem uma característica peculiar de suma importância ao equilíbrio desse sistema.
Percebe-se que o autor vai agregando os personagens, com um único propósito, mostrar como vai se organizando uma cadeia, como vai formar esse elo entre os personagens.
Cada um dos personagens (funcionários) vai entrando e criando um vínculo, com possibilidade de agir individulamnete ou em grupo, tornando-se, no segmento, comprometidos uns com os outros.
E o advogado tem papel fundamental - precisará de cada um, "precisará de causas para defender". Nem sempre será ético.
O autor estará colocando em discussão o sistema público/privado. Há uma mesclagem necessária aos sistemas, para dar segmento aos mesmos.
Começa o advogado pela escolha do lugar para instalar-se com o seu escritório. A escolha é um lugar discreto, acesso tanto difícil, ideal para que permaneça discreto. A sala fica num segundo andar, as portas são de vidro fosco miopisando os espectadores, e o aspecto geral é de uma cisterna com tijolos escurecidos. Tudo indica que a prudência deve prevalecer...
O advogado irá precisar de funcionários. A escolha deve ser projetada de forma que cada um deles se adeque às necessidades do advogado.
Turkey - é ótimo para reagir com facilidade a qualquer ataque; torna-se colérico e bravo com muita facilidade. Reage a qualquer situação de ameça, fica com o rosto emcarnado feito um peru. Se afrontado, jamais intimida-se. Tem também um forte defeito: anda com roupas surradas, e sua aparência é de um personagem pouco asseado. As roupas estão sempre borradas de tinta e gorduras. O significado de Turkey é peru.
Nippers - é o segundo funcionário. Esse já é ambnicioso e indigesto. Essa indigestão vem do fato de ser um funcionário difícil de ser tragado. Mas é bem educado quando precisa, e sabe se fazer respeitar sem o uso da força. Tem o dom do convencimento, por isso, quando o advogado precisa de um funcionário para ir às diligências, por mais que essas tarefas careçam de certa energia para o cumprimento delas, o advogado manda Nippers. Além do mais Nippers é um sujeito bem cuidado, veste-se com esmero, e assim pode tratar com qualquer pessoa do mundo corporativo. O significado do nome Nippers é alicate.
Ginger Nut - É o terceiro funcionário que foi contratado pelo advogado. É um jovem, filho de um carroceiro cheio de ideais, quer que o filho vença na vida, mesmo que para isso seja pouco ético - do tipo que os fins justificam os meios. O Ginger Nut faz os mandados, leva e traz recados, com isso sabe muito, conhece demais a vida da firma. Ao ponto de até ameaçar o próprio patrão.
Finalmente conheçamos o Bartheby - Esse último foi contratado pelo advogado, apenas por dó, por piedade. Será um escriturário que anotará tudo. Trabalhando num lugar separado dos outros funcionários, terá como missão fiscalizar, mas logo vai se tornar rebelde. Desrespeita as ordens do próprio patrão. E o advogado vai se surpreender com as atitudes do novo funcionário. O advogado vai colocar o Bartleby como um símbolo de um resignado, um sofredor, de um personagem que sobrevive às catástrofes. Afinal, o personagem é descrito como uma pessoa raquítica, esquisita, que como às escondidas. E o patrão deve ser generoso para com ele, assim ganhará o reino dos céus. O advogado descobre depois, que Bartleboy fica morando até em seu eccritório, chegando a querer expulsá-lo de lá. Não consegue e o advogado abandona até o seu escritório. Acredita o advogado que se trata de um funcionário com transtorno de personalidade, mas recua diante desse pensamento por achar uma atitude pecaminosa. O advogado sofre com isso.
MAS AFINAL QUEM É ESSE BARTLEBOY?
Depois de analisar o conto cheguei a algumas conclusões, a seguir:
Primeiro - As qualidades de cada um dos personagens foram reunidas pelo autor para mostrar que dentro de uma corporação todos são necessários. Para cada tarefa dentro de uma empresa, será necessário encontrar um funcionário adequado. Por isso as empresas hoje contratam especialistas com tarefas de selecionar material humano, capacitando cada um para exercer suas funções, de acordo com o perfil de cada um.
Segundo - Cabe outra análise ao perfil de Bartleby: De acordo com o raiocínio da médica psiquiatra forense Ana Beatriz Barbosa Silva, que escreveu sobre "mentes perigosas, a mesma afirma o seguinte: - A piedade e a generosidade das pessoas boas podem se transformar em uma folha de papel em branco assinada nas mãos de um psicopata. Quando sentimos pena, estamos vulneráveis emocionalmente, e é a maior arma que os psicopatas podem usar contra nós". Cf. fl 46. Cap 3, Mentes perigosas, O psicopata mora ao lado, Ed. Fontanar, 2008".
Terceiro - " - Minhas primeiras reações haviam sido de pura melancolia e sincera piedade..." E o advogado concluiu também que Bartleboy era um vadio, mesmo assim tinha pena dele.
Alguns estudiosos do conto tr

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